18 de agosto de 2012

A sua vida


Quase morta. Já cansada
Leva a vida. Triste vida,
Saturada!
Por viver neste sofrer!
E através dessa porta
Do passado…Já fechado!?
Olha em volta
E volta a ver, vida morta.
Sempre morta. Sem viver!
E deseja com revolta
Estar morta. Já não ver
O embuste e a mentira,
O partido que se tira…
Que se ajuste à impostura
Que assim dura
Toda a vida, de uma vida!
E como criança
Vive a sonhar a esperança
Duma pausa!...
Que melhore a sua causa
Ou que a piore!
E ao âmago desta vida
Junto ao fel bem disfarçado,
Numa sopinha de mel,
Que adoça esta mentira,
Desta vida, mal vivida,
Que rasgada tira, a tira,
Aos pedaços, em farrapos.
Fica a vida…
A sua vida!