Essa tua expressão desconfiada.
Os teus membros cansados, doloridos.
Rescaldo desses dias mal vividos.
Descrevem tua vida amargurada.
Que tens formosa, bela criatura?
Que mostras um passado bem presente.
Que em teus verdes anos se ressente
E morta, vais vivendo em amargura!
Que o dia que passa, já não volta.
E quando olhas o espelho com revolta
Tuas rugas já cansadas de inquietude...
Na vida não encontras lenitivo.
Desse pecado morto e sempre vivo
Formosa e bela...em decrepitude!